sexta-feira, 3 de julho de 2009

Vergonha



"De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto"
Rui Barbosa
Até quando te sofreremos, ó geração perversa?
Até quando José, cancro purulento a transbordar-se sobre a carne viva do povo ferido?
"Ó razão, onde estás tu razão? Refugiaste-te nas bestas feras e os homens quedaram sem ti" diria o bardo.
Bardo, ó bardo! Onde estás tu a clamar pelas bestas feras pois os homens assumiram o congresso...
Porém, digo-lhes que as excrescências dos homens sem escrúpulos, sem vergonhas de exporem o sexo nas ruas, as suas vísceras misturadas a sangue e excremento, expôem-nos o quão vexatória é a nossa posição.
Mudos, quietos, calados, imóveis. Vergonha!

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